sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Uvas viníferas quase desconhecidas(Arinto)


 Arinto é considerada uma das melhores castas brancas portuguesas, sendo-lhe reconhecida excepcionalidade devido à sua elevada acidez e capacidade de produzir vinhos com muito boa aptidão para envelhecer. 
A acidez natural confere aos vinhos frescura de boca e intensidade aromática, marcada por frutos citrinos. O envelhecimento dá-lhe complexidade e elegância, desenvolvendo-se aromas de mel e querosene. É conhecida por ser uma casta de vinificação difícil, recomendando-se o lote com Antão Vaz, Gouveio, Malvasia Fina, Fernão Pires, Trincadeira das Pratas, Vital e Síria para a produção de vinhos de eleição.   
Na vinha, esta casta é facilmente reconhecível devido à grande desorganização da vegetação, com folhas grandes e cachos compactos de grandes dimensões e estrutura multi-alada. Os bagos elípticos e curtos apresentam-se pequenos, verde amarelados e com polpa mole, sendo particularmente sensíveis à traça. É uma videira de maturação tardia, sensível ao vento antes da floração e a solos sem retenção de água. Por isso, obtém melhores resultados no micro-clima de Bucelas, caracterizado por noites frescas, manhãs com nevoeiro e tardes quentes, condições que favorecem a maturação permitindo a obtenção de vinhos de Arinto com aromas intensos e acidez elevada.
Pensa-se que a origem da Alvarinho está nas castas trazidas do Reno pelo Marquês de Pombal para a região de Bucelas. No entanto, o aparecimento desta videira envolve algum mistério, já que outra versão da história indica que foi levada de Bucelas para o Reno, por cruzados teutónicos que regressavam da Terra Santa. Em todo o caso, as semelhanças entre a Arinto e as castas brancas do Reno como a Riesling são escassas. 
A variedade de nomes pelos quais é conhecida a Alvarinho mostra a sua dispersão pelo território português, com especial incidência em Bucelas, onde é a principal casta cultivada. Quando se ouve falar de «Pedernã», «Pé de Perdiz Branco», «Chapeludo», «Sercial», «Azal Espanhol», «Azal Galego», «Branco Espanhol», «Arinto da Anadia», «Arinto do Douro» e «Arinto de Trás-os-Montes» trata-se, afinal, da tradicional Arinto.


Fonte:http://mariajoaodealmeida.clix.pt/index2.php





Nenhum comentário:

Postar um comentário