sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Uvas viníferas quase desconhecidas(Antão Vaz)

Antão Vaz

A Antão Vaz é um ex-libris das castas brancas alentejanas devido à sua robustez. Bastante resistente às doenças e à seca, é muito produtiva e tem maturação tardia, embora homogénea, fato que agrada muito aos produtores e enólogos que já não dispensam a sua presença nos vinhos brancos do Alentejo. 
A planície reúne as melhores condições climáticas e geográficas para a Antão Vaz devido às altas temperaturas e bons níveis de insolação. Na vinha, esta casta conhece-se pelo seu formato peculiar, de folhas lisas e «carecas» e os seus cachos cilindro-cónicos e compactos. Os bagos verde-amarelados são arredondados e grandes, fazendo lembrar  uvas de mesa.
Quando vindimada cedo, esta casta proporciona vinhos aromáticos e de acidez firme, ao passo que uma vindima tardia dá lugar a um grau alcoólico mais elevado, aromas mais suaves e boa propensão para estagiar em madeira. Regra geral, estes vinhos são de alta qualidade, possuem estrutura fina, complexa e um elevado mas pouco perceptível grau alcoólico. A tonalidade citrina e o aroma a frutos tropicais são característicos destes vinhos, que na boca se apresentam macios, ligeiramente acídulos e harmoniosamente persistentes. É recomendado o lote com castas como a Roupeiro e a Arinto, que lhe confere normalmente uma acidez mais viva. 
A origem da Antão Vaz é portuguesa, embora pouco mais se saiba sobre as suas raízes. A sua circunscrição à sub-região da Vidigueira pode justificar o fato de não aparecer em obras publicadas até 1880. Só em 1889 é citada por Pinto de Menezes na Lista de Castas de Videiras Portuguesas, e cultivada nos concelhos de Cuba, Évora, Portel e Vidigueira.  Fora do Alentejo, é apenas na Península de Setúbal que se encontra o cultivo desta variedade, confirmando-se que a planta migrou muito pouco.


.                         Fonte :  http://mariajoaodealmeida.clix.pt/index2.php

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