A região da Serra Gaúcha tem um grande potencial para a produção de vinhos espumantes finos de qualidade. Este fato é consensual no setor e reforçado pelo grande e crescente número de prêmios que o “espumante brasileiro” vem conquistando no exterior.
Uma evidência ainda maior é o fato de o segmento de espumantes ser o único em que o Brasil vem conseguindo manter uma fatia de aproximadamente dois terços do mercado, no mesmo período em que a fatia nacional do vinho fino caiu de dois terços para menos de um terço
Mas se é consensual que a Serra Gaúcha tem vocação para a produção de espumantes,reconhece-se também que resta um longo caminho a percorrer para que o mesmo obtenha o
reconhecimento internacional como um vinho emblemático da região. Em outras palavras,para que o espumante
consiga inserir o Brasil de maneira competitiva e sustentável no mundo do vinho, além do esforço de promoção do produto “espumante brasileiro”, muitas questões sobre o próprio produto necessitam ser respondidas. Elas concernem a própria identidade do“espumante brasileiro”, as variedades de uvas utilizadas na sua elaboração, sua tipicidade e características distintivas no seu processo de elaboração ou nas variedades de uva que lhe dão origem. Respostas a estas questões só poderão ser obtidas a partir de pesquisas sistemáticas e intensa atividade de experimentação.Jaime Evaldo Fensterseifer
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