terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O FANTASMA DO PROTECIONISMO ESTA RONDANDO O VINHO BRASILEIRO NOVAMENTE


A presidente Dilma Roussef anunciou algumas medidas para proteger os produtores de vinho brasileiros da concorrência com os importados.Em vez de reduzir impostos,abolir o selo fiscal,financiar equipamentos,financiar a produção,ela optou por sobretaxar os produtos importados.
Esta salvaguarda ao vinho nacional representa um retrocesso ,que a curto prazo,pode até trazer algum resultado positivo,mas a longo prazo produzirá aumento de preços,perda de qualidade e defasagem tecnológica.
Nas décadas de 70,80 e princípio da década de 90,o vinho nacional reinava absoluto nas gôndolas dos supermercados.Sem concorrência,as vinícolas brasileiras produziam um quase vinho feito com uvas americanas,intragável e enfiavam goela abaixo dos brasileiros que não conheciam vinhos de verdade.
A qualidade do vinho brasileiro só começou a melhorar no final da década de 90 devido à abertura econômica iniciada no governo Collor.Com a entrada de vinhos argentinos,chilenos,franceses,,italianos,espanhóis,portugueses,algumas das grandes industrias de quase vinho do brasil viveram momentos de muita dificuldade.Os pequenos produtores de uva que forneciam para as vinícolas tiveram que se adaptar a nova realidade do Brasil naquele momento.Alguns viticultores migraram para a cidade em busca de um novo meio de ganhar a vida,outros mais antenados,passaram a produzir seu próprio vinho em pequenas quantidades,investiram em conhecimento,tecnologias e aperfeiçoaram suas técnicas.
Neste período as videiras européias entraram com força total na vida dos agricultores brasileiros.Latadas de uvas americanas foram substituídas por espaldeiras de merlot,cabernet sauvignon,chardonnay,tannat.
A pergunta que eu faço é a seguinte:
Será que aquele produtor  que deixa apenas 2 quilos de uva por planta,envelhece seus vinhos em caríssimos barris de carvalho francês e só libera seu produto no mercado após 2 anos de descanso nas caves irá resistir a um aumento muito grande na demanda?
Eu não sei a resposta,só sei que eu não quero voltar a tomar Chateau Duvalier.

5 comentários:

  1. Oi JV.

    Deprimente essa sacada dos viticultores do sul. Mega gol contra. Vai virar contra eles, escreve ai.

    SDS. Blog Jratao.

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  2. Olá!
    tenho uma opinião diferente da sua, podes conferir algo no texto:

    http://leandroebert.blogspot.com/2011/11/o-selo-de-controle-fiscal-uma.html

    a disposição!

    Leandro Ebert

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  3. Esta medida so irá funcionar se o agricultor for beneficiado, aqui na serra muitos agricultores trocaram suas videiras de vinífera por comum justamente por não ter uma remuneração adequada.A falta de mão de obra é outra coisa que compromete a qualidade da uva e pagua-se até R$100,00 por dia e livre de despesas.Todos sabemos que para ter uma colheita de qualidade são necessárias até 4 passadas mas devido ao auto custo da mão de obra isso não ocorre.Fora o manejo de dossel que é um trabalho especializado oneroso e caro.Se algo não acontecer a qualidade nunca vai melhorar e vamos ficar somente na mão das grande vinícolas e ai o bicho pega.A realidade na colônia é bem diferente daquela do escritório e dos roteiros turísticos.Obrigado pela oportunidade e SAÚDE a todos.

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    1. Muito interessante essa resposta!
      Vitor Mauricio Xavier

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  4. Acredito que algo deve ser feito, o vinho nacional está sendo menosprezado mitas vezes pelo próprio consumidor em frente as gôndolas, mas tbm vemos muitos importados saindo de cena pela insatisfação dos apreciadores da 1ª compra. Os impostos brasileiros são realmente altos, mas precisamos exigir qualidade nas importações!

    Att, Volmir.

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