quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Viticultura em Urussanga


Urussanga, desde o início da colonização, sempre teve uma forte ligação com o cultivo de videira e com o processamento do vinho. Entretanto, as videiras européias trazidas pelos imigrantes italianos  não se adaptaram à região em função da diferença do clima. 
Entre as variedades introduzidas, merece destaque a Goethe que, com o decorrer dos tempos, mostrou possuir uma boa adaptação à região e também características próprias que diferenciam o seu vinho das demais cepas aqui cultivadas.
A origem científica desta cepa híbrida, composta 87% por variedade vinífera (européia) e 13% americana, remonta ao ano de 1851. O norte-americano Edward Stanniford Roger obteve vários cultivares com o cruzamento da uva Carter com Black Hamburg (Black Muscat). Entre elas, destaca-se a Goethe, cuja denominação, tudo indica, tenha sido em homenagem ao ampelogo alemão Hermann Goethe ou ao filósofo também alemão Wofgan Goethe. As progenitoras desta uva apresentam em sua árvore genealógica variedades viníferas como a Moscat da Alexandria (origem no Egito), Schiava Grossa (origem na Itália) e a Isabella.
As primeiras parreiras de uva Goethe em Urussanga surgiram em torno da primeira década do século XX. Seu vinho foi muito valorizado pela região, sendo consumido nas décadas de 40 a 60 daquele século em Laguna, Florianópolis, Rio de Janeiro (capital: no Copacabana Palace e no Palácio do Catete) e Salvador. As marcas da época participavam de exposições de âmbito nacional e internacional e receberam prêmios significativos.

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