Há varias formas de se elaborar vinho a partir de técnicas distintas,ou decisões diferenciadas,para um mesmo estágio de produção.Como exemplo,pode se reportar a fermentação.Essa pode ser feita em tanques abertos ou fechados,com ou sem adição de conservantes (SO2-dióxido de enxofre) , com ou sem o uso de leveduras selecionadas , com ou sem adição de nutrientes para leveduras , etc.Enfim são diversas as formas de se conduzir etapas iguais no transcurso da produção de vinhos .Mas , por fatores dentre os quais pode-se perfeitamente destacar o monopólio econômico , a união e controle dos grandes grupos que melhor diluem custos e investimentos em propaganda , o rompimento de tradições culturais passadas de geração para geração e a difusão mundial de técnicas e tecnologias,tem se padronizado a produção em todo o planeta .
É justamente pela confusão e desentendimento do sentido das palavras técnica e tecnologia que a moderna vitivinicultura tem sido direcionada , quase que exclusivamente , para um mesmo caminho : o da produção em massa . Substituir tecnicas tradicionais e confiáveis por técnicas modernas incertas ou por equipamentos tecnológicos de última geração pode ser trocar o certo pelo duvidoso .
As técnicas de modernização da vitivinicultura não fizeram outra coisa além de padronizar o vinho e soterrar a diferenciação . Pode-se , perfeitamente aderir a uma nova enchedora ou arrolhadeira moderna que facilita e qualifica os serviços pesados e distantes da produção em si , mas , ouso de concentradora de mostos ou de tanques herméticos para maceração e fermentação , sem falar de "produtos enológicos" como a glicerina , por exemplo , usados em abundância para corrigir e camuflar vinhos e , acima de tudo taxá-los como indispensáveis , pode ser um equívoco irreparável . Muitos dos vinhos atuais só não fazem outra coisa além de dar saudades dos artesanais produtos peculiares do passado .
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. ALVARO ESCHER
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