Estava em Beaune, na Borgonha, visitando La Vinotheque de Beaune a procura de rótulos interessantes para minha adega. Tava feliz, 8 novas garrafas na mão de Grand Echezeaux, Vosne-Romanée, entre outros. Foi quando eu conheci Jean Paul Selon, um apaixonado por vinhos que vive em Paris, que também estava fazendo umas comprinhas por lá. Percebendo que eu era brasileiro, ele se aproximou e, em um inglês bem afrancesado, me perguntou como eu ia guardar aqueles vinhos que eram primordialmente para guarda de no mínimo 10 anos. Falei que tinha uma adega refrigerada e 85% dos meus vinhos eram de guarda. Ai ele me surpreendeu. Jean Paul fala de sua predileção por vinhos de guarda e começa a falar de vinhos brasileiros que ele estava guardando, citando o Pizzato DNA 99, Zelindo da Suzin e o Utopia da Quinta da Santa Maria (os dois últimos eu nem conhecia). Vendo meu espanto, ele explicou que tinha acabado de voltar do Brasil e tinha participado da ExpoVinho, como consultor de alguns restaurantes parisienses para os quais ele trabalha. Na verdade, o que me surpreendeu não foi um francês falando sobre vinhos brasileiros. O surreal era ele falando bem, muito bem, dos vinhos. Isto é raro de se ouvir de um francês na França. Afinal, na cabeça de alguns franceses não existe vinho além de suas fronteiras. Fiquei feliz e orgulhoso dos produtores brasileiros. Assim que retornei ao Brasil, comprei 3 garrafas de cada e, constatei que ele tem razão. São vinhos com grande potencial de guarda e, mesmo jovens, são deliciosos. Saúde!
Fábio Galvão (Na Rota dos Vinhos)
vinhos nacionais são dificeis de se encontrar aqui mesmo, eu pessoalmente nunca bebi um q tenha me encantado, mesmo considerando q ja melhoraram bastante
ResponderExcluirluis henrique
xiquento@hotmail.com
Provem o Cuveé 2005, Luiz Argenta, Flores da Cunha/RS e depois digam o que acharam. Existe sim bons vinhos brasileiros e precisamos valorizá-los.
ResponderExcluirPena que custa 210 reais...
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