terça-feira, 17 de abril de 2012

Fernando Collor De Mello . O pai da vitivinicultura moderna brasileira .

O Brasil , na década de70 e 80 , durante o regime militar,usufruiu de uma conjuntura econômica muito peculiar e até certo ponto ,muito interessante .Sem querer entrar no tema da opressão politica e da falta de liberdade de expressão e apenas me atendo ao modelo de industrialização adotado pelos generais da época , observo a importância de tais medidas que foram tomadas na época .
Foram criadas barreiras alfandegárias,taxações altíssimas sobre produtos de outros países que pudessem competir com os produtos brasileiros .
Durante algum tempo , a economia brasileira viveu momentos de glória , o famoso milagre brasileiro , enquanto o mundo vivia anos difíceis , o Brasil crescia em ritmo chinês ;China dos dias atuais , é claro ,por que naquela época ,a China ainda era um gigante adormecido .
Industrias se instalaram no País para poder se beneficiar das reservas de mercado criadas para proteger os "empreendedores" nacionais e o Brasil deixou de ser um país exclusivamente agrícola .
Com o passar do tempo o sistema começou a mostrar os primeiros efeitos colaterais . Protegidos por esta reserva de mercado , os produtores brasileiros não sentiam a necessidade de melhorar os seus produtos , aumentavam os preços à revelia causando assim inflação e defasagem tecnológica . 
O setor vitivinícola nacional ,sem a concorrência dos bons vinhos importados , produziam verdadeiros atentados ao palato de quem queria  apreciar um bom vinho . Nos vinhedos e nas cantinas do país  , termos como , espaldeira , raleio dos cachos , barricas novas de carvalho francês , envelhecimento , uvas européias , soavam como palavrões na boca de quem os pronunciassem .
Quando Fernando Collor de Mello chegou ao poder e iniciou o processo de abertura da economia , o baque foi muito grande .Nas gondolas dos supermercados começavam a chegar vinhos infinitamente superiores aos vinhos nacionais , com isso , a participação do vinho nacional que era de quase 100% despencou até chegar ao patamar atual de 30% . O pior vinho importado era  superior ao melhor exemplar brasileiro .
Hoje o setor se modernizou , surgiram escolas de enologia , quem era imcompetente faliu , quem teve visão se estabeleceu , simples fornecedores de uva do passado , hoje produzem seu próprio vinho .Pequenas vinícolas familiares produzindo bons vinhos . Eu gosto muito deste modelo ;lembra a Borgonha .
Se hoje nós podemos beber bons varietais de merlot , cabernet sauvignon  , chardonnay , pinot noir , sauvignon blanc , e até alguns assemblages bem interessantes , feitos em terras tupiniquins  , devemos agradecer ao Fernandinho .


Muita saúde e paz 

4 comentários:

  1. Concordo com você e me sinto na obrigação de agradecê-lo! Junto com os vinhos, os diferentes queijos, foie gras, caviar, salmão defumado, mostarda dijon, arroz arborio, polenta.

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  2. Ele tambem matou muita gente gracas ao plano fdp que lancou completamente equivocado. Ai que nao saudades da Zelia, do Eris e dos outros jumentos daquele governo.

    Sugiro uma lida no livro da Miriam Leitao para ver o numero de gente que se matou em desgosto.

    So o Sarney foi presidente pior.

    Saludos,
    B JR.

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  3. eu também fui à falência naquela época,perdi tudo,nunca votei no Collor,mas temos que admitir que houve um lado positivo nesta história.

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  4. Para mim esse Collor não passa de um assassino torturados

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