terça-feira, 20 de março de 2012

O lado bom da salvaguarda

Se realmente ocorrer uma ação governamental no sentido de proteger o vinho brasileiro contra a concorrência dos vinhos importados e se esta ação realmente surtir o efeito desejado,haverá um aumento significativo na demanda por vinhos nacionais.Com o aumento das vendas e a redução dos estoques,surge então uma nova demanda;a demanda por uvas.Com o fim da estagnação do mercado de uvas,o viticultor terá um poder de barganha bem maior e finalmente poderá cobrar um preço mais justo por sua uva e  viver com um pouco mais de dignidade.A realidade na colônia é bem diferente da realidade dos escritórios e dos burocratas de plantão.
Eu sou contra qualquer medida protecionista.A carga tributária sobre o vinho no Brasil é altíssima.Se o governo quer mesmo ajudar o setor de uma maneira mais efetiva,poderia começar reduzindo os impostos.As barricas de carvalho francesas chegam ao Brasil quase pelo dobro do preço que é praticado no Chile .Isto ocorre devido às taxações sobre as mesmas,sem respeitar a vocação natural de cada país sobre determinados produtos.O estado de São Paulo é o maior centro consumidor de vinhos do Brasil,mas o governador insiste em manter a cobrança de uma taxa para os vinhos vindos do sul,com a pretensão de proteger o vinho paulista.São Paulo não possui condições geológicas,geográficas e nem climáticas para produzir vinho de qualidade.Novamente neste caso  observa-se o desrespeito à vocação natural de cada região para se produzir produtos peculiares.
Certa vez eu li no blog do Werner Schumacher que a grande maioria dos malbecs argentinos baratos que estão nas gôndolas dos supermercados brasileiros na verdade são feitos com a uva criolla.A uva criolla é uma uva rústica cuja produtividade é altíssima.Em casos como este a taxação é justificável .

Um comentário:

  1. Desculpa , mas vc realmente acha que depois dessas salvaguardas burras, o consumidor vai comprar vinhos nacionais?
    Vc acha que nós consumidores somos idiotas.Essa idéia brilhante vem de Miolo, Salton etc, com suas sedes megalomaniácas.
    Lógico que não vamos comprar .Sabe porque? Nas lojas, os vinhos do mercosul vão tomar conta.Essa zurrapas nacionais carissímas é que não vender.

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