domingo, 22 de dezembro de 2013

Azeite brasileiro tenta se impor em mercado dominado por importados

Um azeite brasileiro está buscando lugar nas prateleiras de supermercados do país, espaço tradicionalmente ocupado por produtos importados de Portugal, Espanha e Itália, entre outros.

O produto é o Olivas do Sul, azeite extravirgem fabricado com azeitonas colhidas em Cachoeira do Sul (RS). A produção comercial é feita desde 2011 e, neste ano, chegou a 15 mil litros.

O volume é maior do que o da soma de todos os outros 30 produtores de azeite da região Sul, que, juntos, fabricam cerca de 10 mil litros por ano.

Esse azeite também tem se destacado pela qualidade. Entre as oito marcas de azeite extravirgem aprovadas num teste de qualidade realizado recentemente pela Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), envolvendo 19 produtos disponíveis no mercado nacional, o Olivas do Sul foi o que obteve a melhor avaliação.

"Quando eu disse que queria produzir azeite, minha família olhava atravessado, pensava que eu estava louco. Quem não era da família tinha certeza", afirma o agricultor José Alberto Aued, que produz o azeite gaúcho.

De acordo com a pesquisadora Juliana Teramoto, do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), em décadas passadas, já houve várias tentativas de se produzir azeite no país.

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Mas bons resultados só apareceram mais recentemente, em iniciativas como as de Aued e da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), que tem dado apoio à produção de azeite na região da Serra da Mantiqueira.

Segundo a pesquisadora, o cultivo da oliveira esbarra no uso de variedades não adaptadas ao clima brasileiro, assim como na dificuldade dos produtores em adequar o plantio às condições do país.

"Muitos dos agricultores começam a produzir por causa da história de sua família de imigrantes, que vêm de regiões produtoras, mas acabam deixando as plantas crescerem demais e não podam as árvores corretamente, mantendo poucos espaços entre elas", afirma Juliana Teramoto .

Outro problema, diz ela, é o ritmo lento de desenvolvimento da oliveira, que só começa a produzir azeitonas depois de três anos e atinge a maturidade plena aos 15, o que afastaria produtores que querem resultados imediatos. "A produção de azeite não acontece do dia para a noite"

Leia o texto na íntegra aqui :


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